O Município da Camama, localizado na Província de Luanda, Angola, foi elevado à categoria de Município pela Lei n.º 14/24, de 5 de setembro, que aprova a nova divisão política e administrativa do território nacional, tendo englobado os territórios dos extintos distritos Urbanos da Camama e da Cidade Universitária. Esta ascensão a categoria de Município foi motivada pelo rápido crescimento populacional e pela urbanização acelerada, tornando Camama um dos principais polos residenciais, comerciais e educacionais da capital angolana. A sua posição privilegiada tem sido um factor essencial para a atracção de investimentos, tanto no sector imobiliário quanto nos sectores educacional e comercial. O município tem um grande potencial para investimentos em infraestrutura, incluindo estradas, habitação e serviços públicos, refletindo um esforço para modernizar os sectores supracitados e atender à crescente demanda populacional. Nos últimos anos, Camama tornou-se um centro de referência na urbanização de Luanda, destacando-se pela construção de condomínios habitacionais com infraestruturas modernas. O sector da construção civil tem impulsionado o desenvolvimento local, com projetos de habitação em larga escala, desde condomínios fechados e edifícios comerciais. Além disso, a Administração Municipal tem investido na expansão da rede viária, permitindo uma melhor conexão com outras partes da cidade. Um dos pontos mais emblemáticos de Camama é o Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto (UAN), o maior complexo académico de ensino superior em Angola. Localizada na região, esta infraestrutura desempenha um papel fundamental no ensino superior do país, atraindo estudantes de várias partes de Angola e contribuindo para o dinamismo económico do município. A presença de instituições de ensino superior reforça a importância da Camama como um polo educacional e científico, complementado por escolas primárias e secundárias, que atendem às necessidades da população local. A mobilidade urbana é um dos principais desafios enfrentados pelo município. Apesar dos investimentos em novas vias de acessos, o crescimento populacional e o aumento do tráfego exigem melhorias no sistema de transportes e a criação de alternativas para facilitar a circulação de pessoas e bens. O governo tem trabalhado em projectos de expansão da malha viária e requalificação de estradas, a fim de reduzir os congestionamentos e melhorar a fluidez do trânsito. Camama destaca-se como um dos municípios mais dinâmicos em termos de desenvolvimento económico. O sector imobiliário tem sido um dos principais motores da economia local, com um aumento significativo na construção de habitações, edifícios comerciais e infraestruturas de apoio. A expansão do sector da construção civil trouxe novas oportunidades de emprego e impulsionou outras áreas, como o comércio e demais serviços. O comércio desempenha um papel central na economia do município, com mercados, supermercados, centros comerciais e lojas que atendem às necessidades da população. O crescimento de pequenos e médios negócios tem sido incentivado, proporcionando mais oportunidades para os empreendedores locais. Além disso, a implantação de novas áreas comerciais e industriais tem ajudado a diversificar a economia do município. A presença de hotéis, restaurantes e espaços de lazer reflete o desenvolvimento de uma economia mais diversificada e voltada para o atendimento da crescente população local.

Camama encontra-se estrategicamente limitada a norte pela Avenida Sérgio Luther Rescova e o Município do Kilamba Kiaxi, a Sul pela Avenida Fidel de Castro Ruz e os Municípios do Kilamba e o Belas, a Este pela rua Projectada da Antiga Vacaria da Sapú, rua do Paraíso, rua do Sábado e o Município de Viana e a Oeste pela rua do Condomínio Bem Morar, rua dos Postes até intercessão do rio Mucongono, o curso deste rio, até a ponte da estrada de acesso ao Lar do Patriota e o Município de Talatona. Localizada na Região central da Província de Luanda, Camama tem uma Superfície de 74,8 km², e uma População estimada em 1.200.773 habitantes (com base no Censo de 2014), com uma densidade populacional de aproximadamente 16.000 hab./km².

O português é a língua oficial, e a sua população tem domínio das seguintes línguas nacionais: Kimbundu (predominante), Kikongo, Tchokwe e Umbundu. A diversidade linguística e cultural da Camama reflete a natureza cosmopolita de Luanda. Apesar da urbanização crescente, há uma forte presença de práticas culturais tradicionais, como a música popular angolana (kizomba, semba e Kuduro), danças folclóricas e celebrações religiosas.

Camama é actualmente composta por 31 bairros, que são: Progresso (sede), Residencial Camama, Dangereux, Mbondo Chapé Centro, Mbondo Chapé I, Mbondo Chapé II, 15 de Fevereiro, Antigos Guerrilheiros, Simione I, Simione II, Njinga Mbande, BPC I 12. BPC II, Chimbicado, Jardim do Éden, Cams, Bawer, Sonho da Casa Própria, Mutemba, 4 de Abril, Nova Esperança, Wenji Maka, Bairro da Paz, Nandó, Farmácia A, Farmácia B, Ondjo Yetu, Casas Azuis, Casas Verdes, Rei Mandume e Vila Kiaxi.

O Plano de Desenvolvimento Local (PDL) da Camama visa estabelecer as directrizes de crescimento sustentável, infra-estruturação, melhoria dos serviços públicos e promoção da inclusão social. Principais eixos do PDL: a) Infra-estrutura e Mobilidade • Melhoria e asfaltagem das vias secundárias e terciárias • Implantação de sistemas de drenagem e saneamento • Expansão da rede eléctrica e de abastecimento de água b) Saúde e Educação • Construção de novos postos médicos e escolas públicas • Valorização e capacitação de profissionais locais • Criação de centros comunitários de formação c) Emprego e Economia Local • Apoio a empreendedores e microempresas • Zonas comerciais formalizadas • Feiras e mercados municipais com regulamentação d) Ambiente e Urbanismo • Preservação de zonas verdes e arborização urbana • Regularização fundiária e planeamento urbanístico • Gestão eficiente dos resíduos sólidos e) Governança e Participação • Fortalecimento das administrações de bairro • Plataforma digital de serviços municipais • Criação de conselhos comunitários participativos